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Hábitos alimentares atuais

Comer é um dos prazeres da Humanidade e o modo como nos alimentamos influencia a nossa saúde e o nosso planeta. As ameaças climáticas e o crescimento da população mundial levam ao aumento da procura de alimentos baratos, instantâneos e energéticos, como a fast food e produtos à base de carnes vermelhas. Da preferência diária destes, decorrem adversidades no estado de saúde humano e impactos ecológicos, tais como o uso excessivo de recursos e subsequente emissão de gases de efeito estufa.

Infelizmente, a maioria de nós aposta na quantidade e despreza a qualidade. Será ganância, presunção ou necessidade imposta?

Cenário alimentar mundial e nacional

Em 2020, a Organização Mundial de Saúde confirmou a existência de cerca de 700 milhões de pessoas que passam fome e 2 biliões com excesso de peso, no mundo. Portugal, cujo padrão alimentar converge à dieta mediterrânica, denota um cenário semelhante com a carência de alimentos adequados e malnutrição por excesso.

Segundo a Associação Portuguesa de Nutrição, face à atual crise económica, social e política, verifica-se que o menor poder de compra de alimentos equilibrados é responsável pelo aumento da fome e défices nutricionais. No reverso da medalha, o fácil acesso a alimentos densamente calóricos e nutricionalmente pobres, favorece o excesso de peso e obesidade, que antecedem várias doenças crónicas a longo prazo.

Apelo aos jovens

Neste sentido, cabe aos jovens repensar no futuro e reverter hábitos pouco producentes. A melhor estratégia a este fim é aquela que nos permite viver bem, com suficiente, garantindo que tal aconteça conosco, com o outro e nas gerações futuras.

A educação alimentar é um ponto de partida para esta mudança. Dar primazia à dieta mediterrânica, priorizar alimentos locais, frescos, produzidos em sintonia com a natureza e sob os princípios que respeitam a dignidade humana, são exemplos que nos aproximam do ideal sustentável.

Deixemos de ser espetadores e procuremos a oportunidade da mudança… Se não formos nós, então quem será?

Escrito no âmbito do programa “O que é uma alimentação saudável, justa e sustentável? a visão dos jovens” promovido pela ACTUAR em parceria com a FIAN Portugal e a EAPN Portugal.

Universidade

Contaminação do pescado por mercúrio

A exposição ao mercúrio representa uma preocupação mundial devido à sua capacidade para se acumular nos alimentos de origem marinha. Por este motivo, desenvolvi o trabalho de pesquisa “Contaminação do pescado por mercúrio”.

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